terça-feira, 10 de novembro de 2009

Divã II

A primeira coisa que eu entendi é que a minha única obrigação como gente é ser humana, e não super-herói. Aceitar minhas falhas, os passos em falso sem tanta dor e perceber que isso faz parte da vida, que é preciso decepcionar-se consigo e também perdoar-se são coisas que eu luto pra enfiar na minha cabeça.

E eu ainda necessito de motivação para melhorar o que pode ser melhorado e entender que não vai ser de tudo que vou saber fazer, e que sempre eu vou precisar de alguém pra me ajudar. Tentar viver sozinha é uma cilada. O que eu enxergo nas pessoas e acredito ser defeito deve servir pra entender-las como parecidas comigo, que estão longe da perfeição, mas nem por isso são monstros.

E mais, encarar a vida com naturalidade é o meu maior desafio. Eu sei que preciso parar de racionalizar tudo, e admitir que imperfeições possam ser bonitezas. É urgente incorporar ao meu estado de espírito a juventude, a vontade de viver, mas sem pressões e sem as obrigações demasiadas que me afogaram.

Eu vou caminhar por uma vida mais feliz.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Divã

Houve um tempo que eu não era muito feliz. O motivo: orgulho e mania de perfeição. Meu senso moral determinava os limites do certo e do errado, do bonito e do feio, do perfeito e do imperfeito. Acontece que nestes meus padrões não estava o mundo enquadrado e nem eu mesma. Pode parecer até engraçado, mas era assim mesmo.

Meu orgulho exigia que fosse semi-deusa, uma faz-tudo, e até que carregasse o mundo nas costas. Não é preciso dizer que isto não é possível e que não me levou a outro caminho senão o da depressão. Tornei-me insatisfeita com as pessoas, como o que o mundo se tornou e principalmente comigo mesma, alias esta última foi o principal e mais insuportável descontentamento.

Estive por um fio. Não muito fácil rememorar esta época, e eu ainda não a superei por completo, é um fato. De forma inexplicável e fazendo muita força para melhorar pouco eu estou superando. Não fui a médicos, não tomei remédios – eu sei que isso não é o recomendado.

sábado, 7 de novembro de 2009

Não é uma volta, eu nunca estive aqui. Prazer, Camila. Outra.

Quanta pretensão. [Pretensão: 1.Ato ou efeito de pretender. 2.Direito suposto e reivindicado. 3.Vaidade exagerada; presunção. 4.Aspiração; ambição]
Pretensão foi tudo que enxerguei em meus textos passados e, logo, em mim. Pois é, nem sempre descubro as melhores coisas.
Cansei da exaustão da minha vida e toda ela em minhas descrições. Pensei em apagar este blog como já apaguei outros que me incomodavam não sabia o que. Mas é melhor não. Deixa tudo ai, para eu aprender a fazer o contrário.
Desculpe-me quem já leu o que escrevi, desculpe pela hipocrisia.